Chão de alta performance
Residência Art OMI 
2022


[pt]
Co-autoria:
Liz Gálvez
Mariana Meneguetti

Chão de alta performance (High-performance ground) foi uma oficina performática realizada durante a residência de arquitetura Art OMI com o intuito de construir um piso levando em consideração o processo para a sua produção. Ao misturar o trabalho discreto da cozinha com aquele da construção das cidades - historicamente atribuidos a específicos papeis de gênero – o trabalho propõe acionar e deslocar diferentes relações de poder atribuidas a condutas e ferramentas escondidas na produção do espaço. Ao convidar o domínio doméstico e o urbano em uma performance colaborativa, ações como alimentar e construir  tornam-se produtoras emaranhadas do ambiente construído: cavar, peneirar, mexer, martelar, cobrir, aparafusar, moldar, preencher, quebrar, achatar, enrolar. Quando a linguagem de programas de culinária e da indústria da construção  colapsam uma sobre a outra, o cuidado, a violência, a diversão e a disfunção constroem um complexo terceiro espaço.

Em um saco brilhante de alumínio com uma mistura a frio de  22.7kg de asfalto lê-se: “high-performance–permanent–pavement repair, environmentally friendly” (reparo permanente de pavimento de alta performance). Uma mistura forte usada para reparar buracos é combinada com algo forte que perdura no tempo, no entanto a retórica do reparo, da permanência e da alta-performance incorpora as constradições entre a fragilidade de selar um terreno vivo.


High-performance ground
Art OMI Architecture Residency
2022


[en]
Co-author:
Liz Gálvez
Mariana Meneguetti

High-performance ground was a performative workshop for building a floor during the Art OMI Architecture Residency regarding the process of its making through performance staging actions. By merging the discrete labor of cooking and paving­–historically attributed to specific gender roles­–the work proposes to stage the different power-relations, mechanisms, and tools hidden within the making of space. By inviting the domestic and urban realms into a collaborative performance, feeding and building become entangled producers of the built-environment: to dig, to shovel, to pour,  to stir, to compound, to cover, to screw, to mold, to fill, to break, to flatten, to roll. When the language of both cooking shows and building industries collapse into one another, careful concern, violence, playfulness, and dysfunction build a complex third-space.

A 50lbs / 22.7kg shining foil bag of cold-mix patching asphalt reads, “high-performance­–permanent–pavement repair, environmentally friendly”. A “strong-mixture” used for re-covering its own holes is matched to something strong that endures times, and yet the building industry primarily invested in the subversion of entropy. The rhetoric of repair, permanence, and performance embed the contradictions between the fragility of sealing a living, unrelenting ground.